terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Tornaste-te alguém!

Quero um texto com palavras apenas! No qual o termo “Sim” signifique sim e “não” indique isso mesmo, Não!
Abraçados naquele nosso “cantinho” onde escutava e pronunciava palavras, essas sim, com o significado mais legível possível, mesmo que por vezes incompreensível, construía-mos o nosso Mundo!
Aquele sonho, em que estávamos os dois num banco de jardim envolvidos pelo luar, lendo no Céu palavras que não necessitavam de verbalização, faz-me não querer acordar.
Apesar de todos os pensamentos, todas as sensações que os sentidos provocaram, todos os sonhos, tornaste-te por opção tua, naquilo que o geral é, alguém!
As memórias, que o Céu iluminado pela luz da noite me traz, chegaram a fazer-me oscilar e o Mundo vivente nas minhas mãos chegou a cair, caindo com ele parte do que tinha traçado na minha mente …
Hoje “as nossas”palavras são apenas isso, palavras! Di-las-ei quando as escrever e jamais as sentirei quando as voltar a ler!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Quando o consciente adormece…

Incontáveis vezes sonho com o irrealizável… Incalculáveis sonhos que se realizam na utopia da noite após o fechar de olhos e o repouso do corpo…
Quanto à Alma, essa está numa inquietude de paz sonhando os meus “sonhos”…
A quimera absurda a que me entrego alegra-me quando não estou no que sou, e entristece-me quando a consciência se apodera de mim…
O meu íntimo vagueia pelo teu corpo retratando uma imagem incomparável a ti!
O sentimento que tenho ao acordar é aterrador! Ele reencaminha-me para uma vida crescente de plurais, nada mais do que uma vida decrescente de singularidades, estas que se observam apenas quando o consciente adormece…

As Tuas Promessas

Nunca prometi que saberia viver sem ti.
Nunca neguei ao mundo que te amei.
Mas tu preferis-te destruir,
Mesmo antes de existir,
O “nosso” Futuro!

Sorris de um jeito,
Que abala o meu mundo.
Sem ti nada é perfeito,
Sem ti a vida não passa de um mísero segundo!
Um segundo perdido…
Um sonho prometido
Que agora me fazes querer esquecer!

Prometeste-me mais do que o Universo
Numa e noutra palavra de um teu verso.
Uma nova ilusão…
Aparentemente mais uma desilusão…

Cansada de ouvir a chuva que fortemente bate na janela,
Fecho os olhos para adormecer
E embalar na criação
Que a razão quer esquecer.

A Lua

O sol está a pôr-se, a chuva continua a bater levemente na janela e na rua vêm-se apenas os passarinhos que voam para os seus ninhos.
Delicadamente o meu pensamento evade-se na perfeição inexistente de um ser, que descoordena a minha alma e que é capaz de a voltar a coordenar para seguir um só sentido, o seu! Que Ser será este que provoca tal sensação em mim? Pergunta inequívoca á qual eu não sei responder. Será que o destino saberá a resposta? Acredito que sim! Mas e se eu o quiser contrariar? Continuará Ele a saber a resposta? Desconfio que não!
Finalmente a Lua começa a aparecer trazendo consigo a luz natural da noite, a luz que ilumina qualquer mente que vagueie sozinha… E é com a Lua que me deito… Com ela fecho os olhos para só os abrir ao amanhecer!

domingo, 25 de janeiro de 2009

Era uma vez

“Era uma vez…” uma história, parte de um passado distante e tão próximo de mim… Como tantas outras vezes houve palavras usadas valorizadas pela forma, nunca pelo sentido… Repetias palavras, as quais nunca conheces-te o verdadeiro significado mas que mesmo assim insistias em pronuncia-las! Sempre as ouvi… mais do que isso, sempre as senti!
Hoje ainda as leio, ainda as sinto mas tu já não as dizes, já não as escreves… Esqueceste-as, apagaste-as da tua memória, ignoraste-as e eu dár-lhes-ei o mesmo destino.
Cada vez que te achavam diferente eu assentia, justificando cada afirmação com o coração acelerado. Na verdade tu eras diferente, sorrias iluminando as trevas. E se por acaso os credores perguntassem ao Deus dos Céus se as trevas clarearam por segundos breves que fossem, Ele responderia – Não! E sabes porque? Porque as trevas a que me refiro não são as do Mundo.
Eram os teus olhos cor de mar que me permitiam sobreviver quando os seres obscuros me prendiam quando tentava fugir.
Cada palavra que pronunciavas devolvia-me a calma que o meu coração perdia quando estava envolto de chamas aterradoras. Chamas que só tu conseguias derrotar quando soltavas um terno e eterno beijo teu.